25 anos sem Jorge Polman
“Que
o esteio, a espinha dorsal de qualquer associação seja um programa
rotineiro de observação, que seja observação de Variáveis; do
Sol; Ocultações; Planetas; Lua; não importa o quê. Mas que haja
uma rotina, uma especialização que resulte em OBSERVAR, OBSERVAR,
SEMPRE OBSERVAR”
Jorge
Polman
No
dia 2 de junho de 1986, com 59 anos de idade falecia Johannes Michael
Antonius Polman, Pe. Jorge Polman.Polman nasceu em 7 de janeiro de
1927 em Amsterdam, Holanda. Viveu, portanto 59 anos, tempo
demasiadamente curto para quem ainda tinha tanto a contribuir com a
ciência astronômica e como servo de Deus. Polman chegou ao Brasil
em 1952. Ordenou-se sacerdote no dia 1º de dezembro de 1957 no então
Seminário Menor da Várzea no Recife/PE. No início de 1970
ingressou no Colégio São João, na Várzea, trazendo consigo um
telescópio de 4 polegadas, que seria a pedra fundamental para a
criação do Clube Estudantil de Astronomia, CEA. Sem ele o CEA não
existiria. Com a criação do Clube seguiram-se uma série de
atividades práticas, cursos, palestras e observação do céu.
Polman
tinha também um invulgar espírito criativo. Em 1977 ele desenvolveu
um micrômetro bifilar que foi até motivo para uma reportagem na
revista Sky and Telescope, Maio de 1977, páginas 391 a 393. Polman
esteve presente em vários congressos no país e no exterior. Em um
deles, estivemos juntos em Montevideu, Uruguai. Veio a Campinas para
observar nosso trabalho no Observatório Municipal e tive o
privilégio de hospedá-lo em minha residência. Nutríamos uma
grande amizade e identidade de pensamento. Polman deixou uma semente
que germinou, cresceu e deu bons frutos para a astronomia não só de
Pernambuco mas de todo Brasil. Sua meta “o céu como limite”
ficou conhecida por todos nós que o admirávamos. A partir de 2011
seu nome está perpetuado em Campinas/SP, no Observatório
Astronômico Pe. Jorge Polman do Colégio Sagrado Coração de Jesus
dirigido pelo colega Julio César F. Lobo. A ele aplicamos o
pensamento de Goethe : “Maior que a influência atribuída às
estrelas, a que a memória dos homens bons exerce sobre nossa vida,
nosso caráter, nosso destino”. Polman, sacerdote de Deus e de
Urânia.
Tive o prazer e a honra de conhecer e de ser aluno deste grande Astrônomo e excelente figura humana. Tenho até hoje às apostilas do seu Curso de Iniciação à Astronomia, que frequentei entre !985 e 1986 (Turma Cometa Halley). Parabéns pela justa homenagem a esse brilhante Astrônomo !
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